Em seu livro Velvet Elvis, Rob Bell conta como ele chegou ao ponto que quase abandonar tudo e desaparecer no mundo, quando Mars Hill atingiu uma freqüência dominical de 10 mil pessoas. Ele estava cansado, esgotado, cheio de dúvidas, acabado… No meio de sua crise pessoal, em vez de culpar o Cristianismo institucionalizado e a “Igreja Empresa”, Rob Bell percebeu que o problema estava nele. Ele iniciou então um processo de restauração interior na esperança de recuperar a alegria pelo ministério. Alguns das coisas que ele escreve desse processo são muito interessantes para todos nós!
A primeira observação que Rob Bell fez é que “nenhum sucesso (por maior que seja) pode curar a alma de uma pessoa.” (p. 110). Se você tiver problemas com questões de identidade e auto-imagem, estes problemas não serão resolvidos por meio do sucesso ministerial ou profissional. Pelo contrário, o sucesso só tornará tais problemas mais evidentes. Então não adianta culpar as condições ao seu redor, quando o problema se encontra em você mesmo. Mas, como observa Rob Bell, esse mergulho em si mesmo não é fácil. Quanto mais você cava, mais você percebe que precisa ir mais fundo em busca de cura e restauração. Muitas pessoas não passam da superfície ao lidar com seus problemas emocionais - e razão, segundo Bell, é que doe muito. É mais fácil continuar na corrida insana, do que parar para lidar com os problemas e procurar as causas escondidas no fundo de nosso ser. Ele acha que é por isso que muitos ministros acabam tendo casos extraconjugais, como uma fuga de seus problemas. Outros mergulham no trabalho, se dedicam totalmente a “ajudar pessoas” na tentativa de esquecer que eles mesmos precisam de ajuda. “Nos colocamos uma máscara e seguimos em frente, fazendo de conta que está tudo bem”, diz Bell. Mas ainda que ele estivesse sendo apontado como o próximo Billy Graham, o garoto propaganda do Cristianismo americano, ele sabia que não estava bem, que precisava parar e mudar seu estilo de vida. Através da terapia, Rob Bell descobriu que ele vivia tentando agradar as pessoas, e quanto mais pessoas ele tentava agradar e fazer feliz, mais infeliz ele estava consigo mesmo. Ele vivia uma rotina insana de trabalho para preencher as expectativas das pessoas que achavam que ele era um Superpastor (e ele acabou acreditando na mentira e se achando um Superpastor). Rob Bell descreve esse Superpastor assim:
“Superpastor está sempre disponível a todos e realiza grandes coisas, mas sempre tem tempo de parar e conversar e nunca se esquece do aniversário de ninguém e se você estiver enfermo ele vai ao hospital visitá-lo e você pode ligar para a casa dele sempre que precisa de um conselho e ele adora reuniões e gasta horas estudando a Bíblia e orando e, ainda assim, você pode interrompê-lo se precisar de algo - e eu mencionamos que ele sempre coloca a família em primeiro lugar?” Velvet Elvis (p. 115)
Não dava mais para suportar. Ele precisava “matar” esse Superpastor que todos pensavam que ele era. Ele precisava admitir para si mesmo que ele não era esse Superpastor. Ele reuniu os líderes de sua igreja e disse-lhes a verdade (que ele não era o Superpastor) e que, se eles quisessem um Superpastor como pastor da Mars Hill, seria melhor eles procurarem outra pessoa para o cargo.
Permaneça em tempos de adversidade !
1 year ago
2 comments:
Nossa, q massa esse livro Lud...vou procurar pra ler ele inteirinho ;)
ahhh...."Antes que o dia termine" é lindoooooooo!!!
E o mocinho tb!hahahahaha
E realmente, mudar sempre é muito bom!
beijooooo ^^
Olá amigo td bem?! Ótima postagem, gosto muito do Rob bell, gostaria de saber onde posso comprar o livro, e se tem edição em portugues.
Obrigado ae! abração!
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